sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Aventuras no Egito: Um longo caminho rumo ao meu destino final!


Para chegar ao Egito foi necessário percorrer um longo percurso. Foram trinta e oito horas de inúmeras conexões e uma eternidade de espera. Quando cheguei ao Cairo, a impressão que tinha era a de que já havia se passado uma vida desde que sai de casa.

O avião começava a aterrissar, muito lentamente, e eu não conseguia acreditar que realmente havia chegado à África! Um mundo de cultura completamente desconhecida esperava por mim, mal podia esperar para começar a descobrir cada detalhe surpreendente que certamente esperava por mim nesse país. O primeiro choque cultural foi sentido no segundo em que pisei os pés em solo egípcio. Aqui as pessoas fumam muito e o tempo todo, é possível sentir o odor da fumaça no mesmo instante em que você chega.

Feliz por ter chegado bem e grato pelo avião não haver caído no meio do caminho, seguia caminhando pelos corredores do aeroporto. Não conseguia, e sigo sem conseguir, entender uma palavra sequer dos anúncios escritos em árabe. Mas não ligo, talvez eu aprenda com o tempo. Ou não.

Ao chegar no local onde despacham as malas, tive a péssima surpresa de saber que haviam extraviado a minha mala. Com todas as minhas roupas. Todas. Fiquei por algum tempo parado, apenas analisando o que faria a seguir. Estressar-me não levaria a lugar algum, então me sentei e tentei relaxar, sabendo que não conseguiria muito avanço em uma situação como aquela. Minutos se passaram e após esse pequeno choque, fui fazer a minha reclamação com a companhia aérea e me encaminhei para a saída do aeroporto, sem a minha mala, é claro. Me pediram para esperar dois dias enquanto a achavam no inferno, onde quer que eu o inferno seja. Enquanto isso sigo sem roupas.

Outra diferença que notei por aqui, é que as pessoas não podem esperar por outras dentro do aeroporto. Policiais armados ficam na porta, inspecionando quem entra e quem sai.

Como esse era o meu dia de sorte, é claro que os policiais me pararam, não é? Na Alemanha, local onde fiz uma das conexões aéreas, já haviam me revistado e interrogado duas vezes, além de fazerem testes para comprovar que eu não uso cocaína. Sim, eu ri quando o homem com cara de poucos amigos me perguntou:

“Você usa cocaína?”

Talvez fosse o sono e o cansaço, ou talvez eu tenha cara de drogado mesmo, ainda não sei bem.

Na Alemanha haviam deixado todos passar, menos eu. E, claro, no Egito aconteceu o mesmo. Me interrogaram outra vez, me fizeram tirar todas as minhas coisas de dentro da mochila, de forma bem rude, e depois me liberaram.

Após tantos problemas, tive uma boa surpresa ao chegar à saída do aeroporto. Um amigo egípcio, que esteve fazendo intercâmbio no Brasil alguns meses atrás, esperava por mim. É muito bom ver alguém conhecido quando estamos sozinhos e tão longe de casa.

Mas lembra de quando eu disse que esse era o meu dia de sorte? Pois é, eu não estou exagerando. O pessoal da organização esqueceu de ir me buscar no aeroporto.


Vamos recapitular? Estava sem mala, sem celular, aparentemente com cara de drogado e ainda haviam se esquecido de ir me buscar no aeroporto. Ótimo.

Um comentário:

  1. Caraca! por mais problemas que apareceram deve ter sido uma grande aventura, hahaha..

    Adorei o blog
    http://comum-dois.blogspot.com.br/

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